Com 27 anos de trajetória, a E² Cia de Teatro e Dança traz à cena seu novo trabalho, Ruído Vermelho, com direção de Eliana de Santana, que reflete sobre a destruição e a precariedade presentes no mundo contemporâneo e seu impacto no corpo que dança. A temporada de estreia acontece no Kasulo Espaço de Arte.
“Em nossa trajetória, as criações cênicas sempre nasceram a partir de temas específicos, com referência na literatura, na música ou nas artes visuais, mas agora resolvemos trilhar o caminho inverso, desta vez, os assuntos discutidos em Ruído Vermelho foram se delineando ao longo do processo, num exercício muito rico de troca com doze artistas vindos de várias regiões da cidade de São Paulo”, conta a diretora Eliana de Santana.
O início do processo se deu a partir da Oficina EspaçoCorpoLuz entre os dias 6 de maio e 25 de junho com 35 inscritos, dos quais foram selecionados os 12 dançarinos que participam agora do espetáculo. Ministrada por Eliana de Santana e Hernandes de Oliveira, esta oficina de caráter formativo – e também de troca, introduziu práticas de trabalho corporal e de criação cênica a partir do estudo de material criativo utilizado pela companhia ao longo de sua trajetória.
A iniciativa integra o projeto EspaçoCorpoLuz, contemplado pela 35ª edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a Cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura.
Ruído Vermelho é um trabalho cênico que deseja a força do silêncio. Em tempos de colapso climático, desigualdade social e verborragia cibernética, trata de corpos atravessados pela precariedade da vida contemporânea e se utiliza desta mesma condição como força poética e expressiva, num fazer artístico que se revela como sintoma e consequência de estar no mundo.
Segundo Eliana, uma das inquietações motivadoras que surgiram no processo de criação de Ruído Vermelho foi: “Como dançar agora em cima dos escombros?”.
Dessa pergunta nasce também a concepção de espaço cênico proposta por Hernandes, linhas desenhadas sobre o palco sugerem ritmos, mas abrem fendas, possível metáfora para a brutal realidade que enfrentamos hoje.
A escolha dos figurinos feita por Eliana reforça o pensamento presente nas outras materialidades do espetáculo, em que o vermelho remete a várias interpretações, calor, fúria, poder e outras possíveis leituras.
O elenco é formado por Cabocla, Carol Ÿuri, Cecília Valadares, Eri Sá, Gustavo Braunstein, Katia Rozato, Laura Fortes, Lilian Wiziack, Mariana Taques, Matheus Miller, Nina Giovelli e Olívia Niculitcheff.
Ficha Técnica
Direção: Eliana de Santana
Direção cênica: Eliana de Santana e Hernandes de Oliveira
Iluminação e espaço cênico: Hernandes de Oliveira
Elenco: Cabocla, Carol Ÿuri, Cecília Valadares, Eri Sá, Gustavo Braunstein, Katia Rozato, Laura Fortes, Lilian Wiziack, Mariana Taques, Matheus Miller, Nina Giovelli, Olívia Niculitcheff
Seleção musical: E² Cia de Teatro e Dança
Figurinos: Eliana de Santana
Fotos: Hernandes de Oliveira e NOME Filmes – Pri Magalhães
Vídeo: NOME Filmes – Pri Magalhães
Comunicação e mídias sociais: Portal MUD
Curadoria, pesquisa de acervo, produção de conteúdo e textos: Portal MUD
Produção: Corpo Rastreado – Letícia Alves
Assessoria de imprensa: Canal Aberto
Realização: Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura
RUÍDO VERMELHO
Data: Até 03 de Dezembro
Horário: Segundas e Terças, às 20h
Local: Rua Sousa Lima, 300, sobreloja – Barra Funda
Ingressos: Gratuito | Reserve aqui
Capacidade: 40 lugares
Duração: 40 minutos
Classificação: 14 anos
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