Família de artistas comemora dez anos da companhia Pequeno Teatro do Mundo viajando pelo país com circo de marionetes idosas

Grupo traz à cena o tema do envelhecimento dos artistas circenses com uma história sensível e poética.

A magia das marionetes chegou como mais um filho na família de Fábio e Fabiana. Artistas da cena há três décadas, eles encontraram nos bonecos uma forma de fazer arte juntando toda a família. Ela, atriz, e ele, iluminador de espetáculos, se tornaram marionetistas para, junto com sua filha Kim Retti, levarem esta arte para vários cantos do país.

A ideia de realizar espetáculos de óperas com as marionetes foi o ponto de partida para a criação da companhia “Pequeno Teatro do Mundo”. Nesses dez anos se notabilizaram, tornando-se referência como marionetistas. Criaram seis espetáculos, sendo três deles óperas completas encenadas com as marionetes, com os quais participaram de grandes eventos como o Festival Amazonas de Ópera.

Para a comemoração dos dez anos da companhia eles farão uma grande circulação, por dez estados do país, com o espetáculo “Grande Circo Grandevo”. Na trama, carregada de poesia, uma trupe de artistas circenses idosos precisa se reinventar. Com uma vida rodeada por trapézios, cordas bambas, equilibrismos, malabarismos, eles se veem diante do desafio de criarem números mais condizentes com a realidade dos seus corpos. Assim, o que era limite se torna inspiração e eles buscam, de forma divertida, novos modos de encantar o público.

Elenco de Pequeno Teatro do Mundo
Foto: Alécio Cezar

Nos debruçamos sobre a questão dos preconceitos e estereótipos da velhice, principalmente em relação ao lado físico. Percebemos, por exemplo, que nossos corpos já não respondem tão bem quanto há dez anos, mas, ao mesmo tempo, nossa cabeça continua muito produtiva”, conta Fábio Retti.

Nesse contexto, o circo foi escolhido como plano de fundo por dois motivos: primeiro por ser uma linguagem extrema, que também exige uma superação física constante. E, segundo, pela própria paixão do coletivo por esse universo.

“Quando eu entro nesse ambiente, eu esqueço do mundo e começa um tempo mágico, do risco e da tensão. As emoções são exploradas à flor da pele. A gente fica ali torcendo e angustiado com os riscos. Por isso, os espetáculos são cativantes: eles têm esse desenho de emoções intensas. É uma experiência bem forte”, completa.

Comemorações

O ponto de partida das comemorações será uma temporada no Sesc Santana, onde se apresentarão durante três finais de semana.

Depois pegarão a estrada para realizar uma turnê nacional passando por dez estados do país, indo de Bragança Paulista, onde fica o ateliê da companhia, até São Luiz do Maranhão.

Elenco de Pequeno Teatro do Mundo
Foto: Alécio Cezar

Em cada parada realizarão apresentações em escolas públicas e em casas de acolhimento a pessoas idosas, realizarão oficinas, cortejos pelas ruas, além de apresentações abertas ao público com participações especiais de artistas de cada cidade. Todas as ações serão gratuitas e contarão com recursos de acessibilidade.

“Nessa turnê teremos uma permanência mais longa em cada cidade, o que nos permite conhecer mais as pessoas, trocar experiências, ideias e aprendizados. Além das trocas de conhecimentos nas oficinas, contaremos com a participação de artistas convidados de cada cidade, o que é uma coisa nova pra gente e que permite uma relação mais profunda com cada lugar.” comenta Fabiana Barbosa.

Para realizar esta aventura o Pequeno Teatro do Mundo foi escolhido com o projeto “Grande Circo Grandevo – na estrada!” entre mais de mil e setecentos projetos no programa de patrocínios da Transpetro, o Transpetro em Movimento, que viabiliza estas ações.

Será possível acompanhar toda a jornada da companhia pelo Brasil através das redes sociais no , onde também serão divulgadas as datas e locais das apresentações e oficinas da turnê.

Sonhos futuros

Elenco de Pequeno Teatro do Mundo
Foto: Alécio Cezar

Com a estreia de um novo espetáculo programada para o segundo semestre, a companhia planeja viajar para novos lugares e alcançar novos públicos.

Já circulamos do Sul ao Norte do país. Passamos por grandes capitais, por pequenas cidades do interior, por cidades ribeirinhas no extremo norte, e por comunidades indígenas e quilombolas, mas cada vez que adentramos o país nos surpreendemos com novos lugares, novas culturas e pessoas incríveis. Queremos mostrar pra nossos filhos toda a riqueza de cada canto do país e para isso as marionetes nos guiam, levando em troca alegria para as pessoas.”, conclui Fábio Retti.

Ficha Técnica

Dramaturgia e direção: Fábio Retti e Fabiana Vasconcelos Barbosa
Marionetistas: Fábio Retti e Fabiana Vasconcelos Barbosa
Cenografia: Fábio Retti
Figurinos: Mila Reily
Cantores: Andreia Souza e Rodrigo Mercadante
Música Cortejo: Ruth Dalps
Direção de Produção: Martha Avelar (EmCartaz Empreendimentos Culturais)
Produtora Assistente: Ruth Dalps
Consultoria em Acessibilidade: Malu Silva (Centro Educacional de Idiomas Libras)
Material de Apoio Educativo: Amanda Leal
Assessoria Jurídica: Mário Pragmácio
Assessoria Contábil: Cume Contabilidade
Design e Identidade Visual: Alexandre Beraldo
Fotos: Alécio Cezar
Assessoria em Prestação de Contas: Ato Marketing
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio Comunicação
Gestão de Performance e Redes Sociais: Lead Performance
Realização: Pequeno Teatro do Mundo
Participação afetiva: Kim Retti

GRANDE CIRCO GRANDEVO

Elenco de Pequeno Teatro do Mundo
Foto: Alécio Cezar

Temporada: De 15 a 29 de Março
Horário: Sábados, às 12h
Local: Av. Luiz Dumont Villares, 579 – Santana (Área de Convivência)
Ingressos: Gratuito
Duração: 45 minutos
Classificação: livre
Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.

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Tadeu Ramos

Social Media e criador de conteúdo. Compartilho aqui conteúdos culturais, com destaque para a comunidade LGBTQIAPN+

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