Moquém em Pyndorama: um banquete de artes no Teatro Pyndorama

Moquém em Pyndorama reúne espetáculos de dança, teatro e cinema, oferecendo uma experiência cultural rica e diversa no Teatro Pyndorama

Com a proposta de ampliar a diversidade de linguagens artísticas no Teatro Pyndorama, a anfitriã Companhia Antropofágica convida outros artistas para apresentar em sua sede a mostra Moquém em Pyndorama. . Parte das apresentações terá acessibilidade de Audiodescrição e outra de Libras.

No nome do projeto, a palavra “moquém” vem do tupi antigo “moka”, uma grelha de madeira usada para defumar e preparar alimentos. A forma do Moquém é a representação de uma metáfora para a ideia de fazer o público se “alimentar” coletivamente de várias linguagens artísticas, possibilitando a articulação de diversos saberes.

A programação

Foto: Fábio Vitti

A mostra acontece no Teatro Pyndorama e tem início com as peças Viela sem Via: A Solidão da Mão Preta, do Coletivo Baobafro . E “Isto não é um corpo”, da Companhia Babélica de Teatro. Outro destaque é Autorretrato com Frida(z) e Flores ou Garatujas de uma Mãe Atípica, solo com a atriz Ruth Melchior. Tem também opção infantojuvenil: As Histórias de Benê, com a Trupe Arlequinos e Colombinas, espetáculo Bilíngue (Português e Libras).

A mostra conta, ainda, com o espetáculo de teatro-dança Anomia, com direção de Rafael Alexandre, que também está em cena ao lado de Júnior Dias. As apresentações terão acessibilidade Audiodescrição. Já a E² Cia de Teatro e Dança apresenta o espetáculo de dança Preto Abstrato, com acessibilidade Audiodescrição. A mostra também tem atração no audiovisual: o filme Fios Ancestrais de Amarilis Irani, com direção e roteiro de Amarilis Irani, seguido por um bate-papo com os realizadores. Atividade com Acessibilidade em Libras.

O projeto ainda conta com o curso “A importância das artes na formação da subjetividade”, ministrado por Thiago Reis Vasconcelos. Todo curso terá Acessibilidade em Libras.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA | Moquém em Pydorama

Quando: De 23 de novembro a 9 de dezembro
Onde: Teatro Pyndorama – Rua São Domingos, 224 – Bela Vista
Ingressos: Gratuito | Retirada de ingressos na bilheteria 1h antes de cada atração

23 e 24 de novembro, às 18h
Viela sem Via: A Solidão da Mão Preta, do Coletivo Baobafro
Espetáculo Bilíngue (Português/Libras)

Foto: Luccas Araújo

Viela sem Via, do Coletivo Baobafro da cidade de São Carlos, Coletivo , este espetáculo conta a história de uma geração de mulheres pretas pertencentes a uma família candomblecista. Desafios cotidianos de uma pessoa surda são enfrentados por Maria, mãe de Ágatha. Este é um espetáculo bilíngue com duas línguas presentes: português e Libras, com atores surdos e ouvintes.

Dramaturgia e direção: Luccas Araújo | Elenco: Dodora Araujo, Alexya Manente, Luccas Araújo, Matheus Marcello, Wesley Nascimento | Cenário: Silvana Maragno | Iluminação: Jonas Angelim | Som e mídia: Davson Soares | Produção Executiva: Luccas Araújo | Produção: Sueli Fioramonte | Assistente de Produção: Guilherme Nichols | Operador de Som: Sa Carvalho | Operador de Luz: Felipe Cesar dos Santos | Designer Gráfico de Arte: Yuri Hichucki | Cenário: Luccas Araújo | Figurino: Silvana Maragno

Realização: PROAC, Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo.

Gênero: DRAMA TEATRO BILÍNGUE
Classificação etária: JUVENIL/ADULTO
Duração: 45 MINUTOS

23 e 24 de novembro, às 20h
Isto não é um corpo, com Companhia Babélica de Teatro
Espetáculo com Audiodescrição

Foto: Marcelo Villas Boas

“Isto não é um corpo” é um happening que radicaliza a relação da Companhia Babélica de Teatro com as artes visuais. Nesta criação, os performers, acompanhados de réplicas realistas de seus próprios rostos e crânios, promovem uma espécie de circo onde o cômico e o grotesco se fundem. Em diálogo com o universo dos sonhos, a companhia propõe um jogo com os limites da representação e da composição, mesclando o orgânico com o inorgânico, o real com o imaginário, o corpo humano com o não humano.

Concepção e direção: João Muniz | Performers: Adrielle Ferreira, Alanis Mahara, Chrystian Roque, Juliana Garcia, Lisandra Poianas | Produção gráfica e audiovisual: Renan Turci | Apoio técnico: Mau, Pedro Ribeiro | Fotografia: Marcelo Villas Boas | Apoio musical: Isa Poianas

Classificação: 14 anos
Duração: 50 minutos

30 de novembro e 1 de dezembro, às 16h
As Histórias de Benê, com a Trupe Arlequinos e Colombinas
Espetáculo Bilíngue Português/Libras

Foto: Caio Oviedo

O espetáculo apresenta uma trupe de circo, recheada de contos, que chega à cidade Livraria do Norte e conta a história de Benê, uma criança que não gosta de ler e tem dificuldade para se comunicar. Benê então mergulha em um livro mágico e se depara com contos populares de tradição oral disseminados em diversas regiões do Brasil. Ela aprende que os livros e o aprendizado podem ser sua ponte para o futuro e o conhecimento.

Atrizes – Intérpretes: Bella Santos, Jenifer Costa e Ingrid Arruda. Musicista – Intérprete: Caroline Mazeto. Preparadora de elenco: Beatriz Barros. Diretora: Jhonña Bao.

Classificação: Livre
Duração: 50 minutos

30 de novembro e 1º de dezembro, às 20h
Anomia, com direção de Rafael Alexandre
Espetáculo com Audiodescrição

Foto: Fábio Vitti

Como seria enfrentar a sociedade e seus padrões? Sentir na pele o processo de desnude social? Chegar ao ápice da selvageria que o guia para o centro de si mesmo? O processo de desnude é visceral, intenso e beira a loucura humana. O que a sociedade taxa como loucura é realmente o natural do ser? Se for assim, o quão louco estamos ao seguir padrões e esquecer nossa verdadeira essência?

Atores: Rafael Alexandre e Júnior Dias | Direção: Rafael Alexandre | Produção Executiva: Samuel Zanatta | Produção: Projeto Anomia

Classificação: 18 anos
Duração: 50 minutos

3, 4 e 5 de dezembro, às 19h
Curso: A importância das artes na formação da subjetividade, com Thiago Reis Vasconcelos
Acessibilidade em Libras

Inscrições aqui

A oficina busca colocar em debate a relevância das linguagens artísticas na formação integral das pessoas. Este curso será oferecido e ministrado por integrantes da Antropofágica e coletivo gestor do espaço durante 3 dias:

03 de dezembro, às 19h: A relevância da arte para a formação da subjetividade.
04 de dezembro, às 19h: O público no Teatro hoje
05 de dezembro, às 19h: A importância das políticas públicas para a existência da arte.
10 de dezembro, às 19h: 150 anos de Gertrude Stein, 100 anos do Manifesto Surrealista e do Manifesto Pau-Brasil.

7 e 8 de dezembro, às 19h
Preto Abstrato, com E² Cia de Teatro e Dança
Espetáculo com Audiodescrição

Foto: José Carlos Ceccheti

O espetáculo investiga o abstrato, numa ação ou resultado cênico que não tem, a princípio, nenhuma referência direta ao real, numa poética do corpo e do espaço que busca existir e fazer sentido por si só, sem mensagens nem reivindicações. Em Preto Abstrato, Eliana de Santana, artista da cena, mulher e negra, propõe uma abordagem aparentemente fora de temas ligados à sua ancestralidade, mas, ao mesmo tempo, incorpora essa mesma ancestralidade a uma discussão estética e política que amiúde foi negado às populações e artistas negros. Levanta questões como: Pode um corpo em cena se desvencilhar das amarras do real e se tornar “abstrato”? Que camadas estão impressas no corpo negro, que são indissociáveis da realidade contemporânea de violência contra esse mesmo corpo negro? Pode a obra cênica de uma mulher negra reivindicar um espaço historicamente ocupado em sua maioria por artistas do sexo masculino e de pele clara, como é o caso da arte abstrata no ocidente? Neste solo de dança, o abstrato é ao mesmo tempo referência e abordagem, mas igualmente um não-tema, se equilibrando numa linha tênue entre o silêncio necessário e a urgência de se manifestar.

Interpretação e direção – Eliana de Santana | Direção de arte e iluminação: Hernandes de Oliveira | Produção: E² Cia de Teatro e Dança e Corpo Rastreado.
Classificação: 14 anos
Duração: 40 minutos

7 de dezembro, às 20h
Fios Ancestrais, de Amarilis Irani (cinema)
Acessibilidade em Libras

Foto: Nanda Cipola

A semente repousa na terra e, com um sopro, a vida acontece. Ela cresce para baixo e para cima, multiplicando as suas espécies. Ora como raiz provedora, ora como planta que alimenta. E assim, os fios dessa complexa biologia nos recordam que todo crescimento precisa ser base para florir e frutificar. Neste documentário, Amarilis Irani cruza os fios de sua criação artística com os fios de sua ancestralidade, tema central do trabalho. Tratando de temáticas, como: família, herança, religiosidade e criação de raízes na construção da autoestima e empoderamento desde a infância. Os fios ancestrais que marcam sua trajetória estão presentes nas artes e na chegada ao Candomblé (religião de matriz africana), mais especificamente como Yàwó (filha) da Casa de Yemanjá, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, sua terra natal.

Direção e Roteiro: Amarilis Irani | Assistência De Direção: Luan Valero | Direção de Fotografia e Edição: Nanda Cipola | Orientação: Babalorisá Junior Ty Ogunté E Babakèkèrè Fábio Ty Odé | Entrevistados: Amarilis Irani, Carmem Lúcia, Claudiane Petile, Edna Irani, Fábio Oranges, João Irani, Junior Sansalone e Pietro Petile | Câmera Adicional: Guilherme Di Curzio | Assistência de Filmagens: Carolina Capelli | Som Direto: Fernando Macaco e Jeff Telles | Catering: Bell Brito | Apoio Local: Fernanda Missiaggia | Comunicação: Alexandre Aquino | Produção e Realização: Emaranhada Produções

Classificação: Livre
Duração: 20 minutos

09 de dezembro, às 20h
Autorretrato com Frida(z) e Flores ou Garatujas de uma Mãe Atípica
Espetáculo acessibilidade em libras

Foto: Gustavo A Amat

A peça é um diálogo sobre arte, cotidiano e bem viver, o autorretrato de uma mãe atípica, em que suas garatujas revelam a trajetória em espiral de contradições entre tipicidade e atipicidade. Em um relicário de recordações, a atriz Ruth Melchior convida o público a dialogar e passear pela trajetória das duas FRIDAS, a pintora mexicana Frida Kahlo e sua filha Frida Melchior. As Frida(z) e as questões tensionadas socialmente pelo universo feminino, neuro diverso e PCD. Um autorretrato que parte das singularidades de uma mãe e sua práxis cotidiana, propondo refletir sobre as relações entre arte, sociedade, capacitismo e bem viver.

Realização: Companhia Antropofágica | Elenco: Ruth Melchior | Direção: Renata Adrianna e Thiago Reis Vasconcelos | Dramaturgia: Ana Souto, Ruth Melchior e Thiago Reis Vasconcelos | Preparadora Corporal: Fernanda Haucke | Preparadora Performática: Jocarla Gomes | Direção de Arte: Cassio Brasil | Figurinista: Daniela Carvalho | Pintura e Desenhos Figurino: Olga Carolina | florAÇÃO 01, o desabrochar da flor que pulsa vida: Jocarla Gomes | Desenho de Luz: Alessandra Queiroz | Equipe Técnica: Gabriela Jennifer e Gustavo A. Amat | Trilha Sonora Original: Lucas Vasconcelos | Narração e Consultoria Científica: Bruno Miotto | Produção: Alessandra Queiroz | Arte Visual: Flávia Ulhôa | Captação Audiovisual: Gustavo A. Amat e Renata Adrianna | Edição Audiovisual: Renata Adrianna| Contra Regra: Flávia Ulhôa |Imagens e Vídeos de Arquivo: Companhia Antropofágica

Classificação: 14 anos
Duração: 50 minutos

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Tadeu Ramos

Social Media e criador de conteúdo. Compartilho aqui conteúdos culturais, com destaque para a comunidade LGBTQIAPN+

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