A montagem adapta o romance homônimo da escritora francesa Valérie Perrin, que foi traduzido para mais de 40 idiomas, vendeu mais de1,5 milhão de exemplares na França e na Itália, e atualmente está sendo adaptado para o cinema.
Esta é a primeira encenação da obra na América Latina — há apenas uma montagem anterior, francesa.

O espetáculo tem adaptação e direção de Bruno Costa e traz Marcella Muniz no papel da protagonista Violette Toussaint.
Após temporada de estreia no Rio de Janeiro, a peça chega a São Paulo mantendo o lirismo e a delicadeza que consagraram a obra literária. Em cena, Violette, zeladora de um cemitério numa pequena cidade da Borgonha, compartilha com o público suas memórias, perdas e reencontros, revelando o poder transformador dos pequenos gestos cotidianos — entre eles, o cuidado com os animais abandonados, questão central na vida da personagem e que toca diretamente a causa animal no Brasil, segundo país com maior número de abandono de animais no mundo.
Interpretada por Marcella Muniz em seu primeiro monólogo, Violette revela ao público a força silenciosa da memória afetiva. “Sou uma leitora assídua e o livro me arrebatou já nas 20 primeiras páginas. Nunca quis fazer um monólogo na minha vida, mas a força da simplicidade dessa mulher é um mergulho na alma humana”, afirma a atriz, que completa 45 anos de carreira em 2025, com passagens por todas as grandes emissoras do país e participação em 26 novelas.

Explorando as múltiplas camadas da obra original, a encenação transforma pequenos rituais — cuidar das flores, acolher visitantes, ressignificar o tempo — em manifestações de resistência e cura. A trilha sonora assinada por Thiago Muller e Tibi, aliada a uma iluminação intimista e uma cenografia minimalista, compõe um ambiente de suspensão, onde vivos e mortos coexistem sob a mesma luz.
Ao refletir sobre o processo de criação, o diretor Bruno Costa acrescenta: “Como o Coelho da Alice, estamos sempre atrasados Por meio do teatro, e da história de uma mulher simples, fazemos uma parada para refletir e nos religar ao real valor do tempo.”.

Sem perder o frescor que conquistou leitores em todo o mundo, a adaptação busca, no palco, o mesmo equilíbrio entre dor e esperança que consagrou o romance: “É uma celebração da simplicidade e da potência dos pequenos encontros”, resumiu o
diretor.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia e Direção: Bruno Costa
Elenco: Marcella Muniz
Cenografia: Teca Fichinski
Figurino: Ofélia Lott
Iluminação: Daniela Sanchez
Trilha Sonora: Thiago Muller e Tibi
Preparação Corporal: Dani Visco
Preparação Vocal: Edi Montecchi
Diretora Assistente: Joana Lerner
Assistente de Cenografia: Estevão Fichinski
Design: Thais Muller
Produção: Rubi Schumacher, Marcella Muniz e Bruno Costa
Assistente de Produção: Guto Urbieta
Estagiário de Produção: Ângelo Tadeu Filho
Fotos: Roberto Carneiro
Assessoria de Imprensa: Pedro Madeira e Rafael Ferro
Produção São Paulo: Mosaico Produções
Produtores: Cícero Andrade e Daniela Simonassi
ÁGUA FRESCA PARA FLORES

Temporada: De 31 de Maio a 29 de Junho
Horário: Sábados e Domingos, às 18h
Local: Av. Higienópolis, 618 – Piso 3 – Higienópolis
Ingressos: R$ 140,00 (inteira) | R$ 60 (meia) | Compre aqui
Duração: 90 minutos
Classificação: 14 anos
ENCONTRO COM O PÚBLICO
Nos dias 7 e 21 de junho, às 11h, a atriz Marcella Muniz participa de um clube de leitura sobre o livro Água Fresca para Flores, no Sebo Pura Poesia, localizado no bairro do Ipiranga. O bate-papo acontece antes das sessões do espetáculo e é aberto ao público mediante reserva. O Sebo Pura Poesia fica na Rua Costa Aguiar, 1.112 no Ipiranga – a entrada é gratuita. Mais informações aqui.
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