Comédia de Amanda Mirásci, “A Autoestima Do Homem Hétero” estreia em julho no Teatro UOL

Monólogo é uma sátira afiada sobre as relações afetivas, a construção da autoestima e os comportamentos masculinos que a sociedade ainda naturaliza.

Prepare-se para o lançamento mais inusitado do ano. Chega aos palcos “A Autoestima do Homem Hétero”, um espetáculo que promete revolucionar o imaginário coletivo com uma pergunta provocadora: e se fosse possível encapsular a inabalável confiança dos homens héteros e oferecê-la, em forma de pílula, às mulheres?

Idealizado, escrito e protagonizado por Amanda Mirásci, com direção de Martha Nowill, o monólogo é uma sátira afiada sobre as relações afetivas, a construção da autoestima e os comportamentos masculinos que a sociedade ainda naturaliza. No centro da história está Carina, uma farmacêutica que desenvolveu um medicamento revolucionário: a autoestima do homem hétero em cápsulas. Em uma noite decisiva — o lançamento oficial do produto — Carina apresenta ao público os componentes desta fórmula milagrosa, e encenando situações hilárias e dando vida aos homens que serviram de “matéria-prima” para sua criação.

Amanda Mirásci em cena no espetáculo "A Autoestima do Homem Hétero"
Foto: Julia Lego

Cada componente do remédio foi inspirado em um “tipo” masculino que Carina encontrou ao longo do caminho: o cara do violão, que nunca perde a chance de se exibir com seu imenso repertório de cinco músicas; o sujeito da caixa de som, que domina a praia como se fosse o DJ residente do mundo; o match do Tinder que, mesmo longe dos padrões de beleza, exige mulheres sem celulite; e tantos outros homens héteros de autoestima inflada que acabaram virando objeto de estudo dessa inusitada pesquisa.

À medida que apresenta os efeitos e os testes da fórmula, Carina também revela suas próprias vulnerabilidades: dilemas familiares, traumas afetivos e a incômoda presença da “síndrome da impostora”, que ameaça sabotá-la a cada passo. Para ganhar autoconfiança, ela decide tomar sua própria invenção — que promete revolucionar o mundo. Mas ninguém estava preparado para as consequências… nem ela própria!

Amanda Mirásci em cena no espetáculo "A Autoestima do Homem Hétero"
Foto: Julia Lego

“A peça surgiu da minha vida real. Das minhas relações, das histórias das minhas amigas, da minha irmã… Situações que parecem pontuais, mas que, ao serem compartilhadas, revelam um padrão. O cara que explica o que você acabou de dizer, o pai que acha que ‘ajudar’ na criação dos filhos é um favor, o homem que se sente o máximo só por existir”, comenta Amanda Mirásci.

“Transformar essas experiências em teatro foi uma forma de ressignificá-las. Escolhi o humor porque acredito que rir é uma das maneiras mais poderosas — e acessíveis — de provocar reflexão. Apesar da leveza, o espetáculo mergulha em algo profundo: essa autoestima’ masculina, aparentemente inabalável, é um modelo de confiança que se sustenta no afastamento do próprio eu e que, por isso, pode ser extremamente tóxico. As mulheres, por outro lado, têm percorrido um caminho muito mais corajoso e honesto. Estamos anos-luz à frente quando o assunto é consciência emocional. O espetáculo é, acima de tudo, um convite ao empoderamento feminino — não pela imitação, mas pela valorização da nossa forma própria de existir: mais conectada, mais vulnerável, mais verdadeira — e, por isso mesmo, mais potente.”

Amanda Mirásci em cena no espetáculo "A Autoestima do Homem Hétero"
Foto: Julia Lego

“Apesar do título, A Autoestima do Homem Hétero não é um espetáculo só para mulheres. Os homens estão convidados — de verdade — a rir de si mesmos e, quem sabe, repensar atitudes. Porque se a gente quer mesmo mudar alguma coisa, eles precisam estar nessa conversa também”, conclui Amanda. A diretora Martha Nowill reforça que incluir os homens no debate é essencial: “O que estamos criando é uma peça muito divertida e agregadora. Não é uma peça agressiva que vai constranger os homens. Muito pelo contrário, vamos fazer eles se enxergarem e falarem sobre si mesmos”.

Em cena, Amanda interpreta sozinha uma série de figuras distintas: “Temos muitos personagens na peça, e a Amanda dá vida a todos eles. O que estamos buscando é, a partir das ferramentas da própria atriz, extrair o que há de mais simbólico em cada construção cênica. Como traduzir isso no corpo dela? Quando é a Amanda e quando é o pensamento do outro? Como fazer com que ela assuma tantas identidades de forma clara, compreensível, sem que se torne uma confusão? Estamos trabalhando esse corpo, essa voz, essa escuta e essa compreensão profunda.”

Ficha Técnica
Idealização, Texto e Atuação: Amanda Mirásci
Direção: Martha Nowill
Colaboração Dramatúrgica: Bruna Trindade e Martha Nowill
Assistência de Direção: Iuri Saraiva
Direção de Movimento: Julianne Trevisol
Direção de Arte: Luiza Mitidieri
Visagismo: Isabella Oliveira
Trilha Sonora: Aline Meyer
Luz: Júnior Docini
Preparação Vocal: Verônica Machado
Direção de Produção: Marlene Salgado
Design Gráfico: Harú Estúdio Criativo
Fotos: Julia Lego
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Produção Associada: Amanda Mirásci e Marlene Salgado
Realização: Arrakasta Produções Artísticas

A AUTOESTIMA DO HOMEM HÉTERO

Amanda Mirásci em cena no espetáculo "A Autoestima do Homem Hétero"
Foto: Julia Lego

Temporada: 05 de Julho a 30 de Agosto
Horário: Sábados, às 22h
Local: Avenida Higienópolis, 618 – Higienópolis
Ingressos: Compre aqui
Setor A: R$ 100,00 (inteira) | R$ 50,00 (meia)
Setor B: R$ 80,00 (inteira) | R$ 40,00 (meia)
Classificação: 14 anos
Duração: 60 minutos

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Tadeu Ramos

Social Media e criador de conteúdo. Compartilho aqui conteúdos culturais, com destaque para a comunidade LGBTQIAPN+

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