Sucesso de público e crítica, o espetáculo “Porta Aberta” reestreia em nova temporada no Teatro Commune, em São Paulo, durante o mês de junho. A peça, que estreou no Teatro Ruth Escobar, retorna agora ao palco com sessões especiais que continuam provocando o público com uma abordagem sensível e crítica sobre o impacto das tecnologias e dos aplicativos de encontros na vivência LGBTQIA+.
Escrita por Adriane Hintze, a obra reflete sobre intimidade, exposição e julgamento no ambiente digital. A trama mergulha nos dilemas de quem busca conexão e pertencimento por meio dos apps, mas encontra também vulnerabilidades, preconceitos e solidão.
Patrocinada pelo aplicativo SCRUFF, um dos maiores entre o público LGBTQIA+, a peça conta com direção de Guilherme Zati e Gabi Prota, e atuações intensas de Thiago Domingues, Pedro Amaral e Dayzon Nascimento. A encenação propõe um diálogo direto com o espectador, evidenciando os riscos e os desejos que emergem nas redes digitais de afeto e desejo.
A nova temporada no Teatro Commune reforça o alcance e a atualidade do tema, trazendo novamente à cena questões urgentes sobre identidade, visibilidade e as transformações das relações humanas no cenário contemporâneo.
Com iluminação de Luis Falcão e sonoplastia de João Macedo, o espetáculo cria uma ambientação envolvente, tensa e intimista, tornando a experiência ainda mais impactante.
O Patrocínio do SCRUFF
O patrocínio do SCRUFF, aplicativo de encontros LGBTQIA+, traz relevância adicional à peça, considerando o papel crucial das plataformas digitais nas dinâmicas sociais e afetivas da comunidade LGBTQIA+. SCRUFF é uma das maiores ferramentas de encontro e interação da comunidade gay e queer no mundo, e seu apoio ao espetáculo é uma forma de engajamento com o debate sobre os desafios e as complexidades das relações digitais contemporâneas.
Ao patrocinar o espetáculo, o SCRUFF reforça sua posição como um agente de mudança social, além de contribui para uma discussão mais ampla sobre como as plataformas de encontros podem promover ou mitigar questões como o preconceito, a insegurança e a discriminação. A parceria representa um compromisso com a promoção de diálogos construtivos e inclusivos dentro da comunidade LGBTQIA+.
O Termo “Porta Aberta” e sua Simbologia
O nome da peça, “Porta Aberta”, carrega um simbolismo profundo. O fetiche de porta aberta está relacionado ao prazer erótico ou excitação sexual provocada pela ideia de estar sendo observado, ou pela possibilidade de exposição em situações íntimas — geralmente em um ambiente que, teoricamente, deveria oferecer privacidade, como um quarto com a porta entreaberta durante uma relação sexual ou momento de intimidade.
Esse fetiche não necessariamente envolve a presença direta de um observador, mas sim a tensão psicológica entre o público e o privado, o risco de ser visto e a sensação de vulnerabilidade ou liberdade que isso pode trazer. É uma forma de exhibitionismo suave, mais sutil do que práticas explícitas, e pode ser consensualmente explorado por casais que buscam intensificar a experiência com elementos de transgressão e fantasia.
Vale destacar que, como qualquer prática relacionada à sexualidade, o fetiche da porta aberta deve ser exercido com consentimento, segurança e respeito aos limites próprios e dos parceiros envolvidos. Quando bem compreendido e consentido, ele pode ser uma ferramenta de autoconhecimento e de aprofundamento da intimidade.
Ficha Técnica:
Texto: Adriane Hintze
Direção: Guilherme Zati e Gabi Prota
Elenco: Thiago Domingues, Pedro Amaral e Dayzon Nascimento
Iluminação: Luis Falcão
Técnico de som: João Macedo
PORTA ABERTA
Temporada: Dias 13, 15, 20 e 21 de Junho
Horário: às 20h
Local: Rua da Consolação, 1218 – Consolação
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) | R$ 30,00 (meia) | Compre aqui
Duração: 60 min
Classificação: 14 anos
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