Comemorando 53 anos de atividade, o Ballet Stagium apresenta o espetáculo inédito Maré Cheia – Uma homenagem a Clara Nunes, com direção de Marika Gidali e Décio Otero. Fazer esta homenagem a Clara Nunes, neste momento, implica em dialogar com os nossos propósitos, onde semelhanças e diferenças se encontram. Por obra do acaso ou por convite da própria Clara, convidados emergiram nesta obra, Maysa com “Manhã de Carnaval” e Adoniran Barbosa com “Iracema”.
Clara Nunes, nome artístico de Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, a voz que converteu o canto em instrumento de conciliação e fez da própria arte um mecanismo capaz de propor reflexões sobre identidade de gênero, etnia e credo. Como boa guerreira, lutou arduamente nos palcos e fora deles, por acreditar em uma sociedade plural.
Aos seis anos, Clara, já órfã dos pais, cantava ladainhas em latim no coro da igreja. Em pouco tempo, a jovem deixou a profissão de tecelã e passou a se apresentar como cantora nas rádios de Belo Horizonte.
Após mudar-se para o Rio de Janeiro, Clara Nunes conheceu o mar e se apaixonou. Conheceu a Escola de Samba da Portela e foi abraçada pelo azul e branco. Passou a ter contato com as religiões de matrizes africanas, o que fez com que o seu canto tomasse novos rumos, deixando um legado atemporal.
Para os compositores portelenses o verbo “clarear” não significa apenas o alvorecer. É, sobretudo lembrar desse ser de luz, que navegava além da palavra escrita e cantada.
Ficha Técnica
Ideia e coerografia: Décio Otero
Direção Teatral: Marika Gidali
Músicas: Clara Nunes, Maysa e Adoniran Barbosa
Cenário: Marcio Tadeu
Figurinos: Marika Gidali e Décio Oetro
Adereços: Yolanda Gidali, Eduardo Rosa, Helô
Produção: Marika Gidali, Marcos Palmeira e Fabio Villardi
MARÉ CHEIA – UMA HOMENAGEM A CLARA NUNES
Temporada: Até 20 de Outubro
Horário: Sábado, às 20h | Domingo, às 19h
Local: Rua Josef Kryss, 318 – Barra Funda
Ingressos: De R$ 15,00 a R$ 60,00 | Compre aqui
Duração: 70 minutos
Classificação: Livre
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